sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

Ofensas gratuitas no mundo dos "corajosos do teclado". Quem é o vilão?

(Entende-se pelo sujeito  VOCÊ do texto, um ser genérico, ilustrativo, apenas reflexivo).

Parte de mim curte sua postagem.

Parte de mim te repudia.

Parte de mim vota em sua causa, outra parte te sabota pelas costas.

Afinal, que ser humano sou eu?

Já pensou em quantas vezes você embarca em causas e projetos que não lhe cabem ou que não são de seu feitio só pra se integrar?

Mas como há maneiras de se integrar com o que não lhe cai bem?

A gente segue alguém nas redes sociais e o venera até a página 12. Até que ela vai e solta meia dúzia de verdades na página seguinte e você, na mesma intensidade do clique que a seguiu, torna-se "o corajoso do teclado" e a deleta de sua vida.

Como se todo o aprendizado adquirido ao longo do tempo com aquela pessoa não tivesse valido de nada.

Memória de peixe ou ignorância mesmo!?

Não sabemos dizer!

O "você" do texto nem sabe quem é, então como vai poder seguir alguém que o agrada sendo que nem compreende o que quer, seus anseios e expectativas.

Infelizmente, foi dado a todos o direito de vomitar palavras a torto e a direito sem saberem o quanto, de fato, elas ofendem. Ofendem, pois estão trajadas de falso elogio. O autêntico de hoje é grosseiro. "Algo de errado não está certo nesta nova concepção de mundo".

Se você parasse para pensar no peso de um soco no tatame de MMA, perceberia que nem de perto ele é tão intenso quanto uma falsa curtida, torcida ou comentário.

O mundo dos corajosos das redes estragou amizades verdadeiras, relacionamentos forjados a muito sacrifício e vitória.

O torcer pelo outro deixou de ser algo afetivo e autêntico para ser algo comercial e sazonal.

O que temos contra o mundo virtual? NADA! Ele deu voz pra quem não tinha, mas também ajudou a trajar ainda mais lobos na pele de cordeiros.

Certamente, você já deve saber o quanto de pessoas bloqueou, cancelou, repudiou e se gabou por ter conseguido mostrar seu ódio, sem ao menos ter chegado a conhecer, de fato, a pessoa e seu histórico biológico.

Como se fosse uma conquista prazerosa e sádica, você comenta algo grosseiro e modal, pois mais importante do que bloquear, é ser visto e reconhecido por sua maldade.

 Sou talentoso, você pensa!

Faço sucesso, você acredita!

Enquanto isso, você nem imagina que sua postura no mundo real e de "bons modos" de convivência não está na moda e nunca estará.

Na mesma velocidade do uso de um copo descartável (13 segundos), você também se torna desprezível, esquecido e um ser inútil, que não serve nem para peso de porta.

Os idiotas de sua gangue também seguem perdidos por aí, mas assim como você, mesmo depois de uma porrada dessas, cada um só está preocupado com seu umbigo, e nem sequer olha para o lado para se juntar com seu bando.

Enquanto isso, no mundo de práticas saudáveis de convivência as relações de amizade seguem firmes, a torcida saudável pelo outro ganha novas vozes e agregados. Num campo fértil de amor, a intolerância pode até desabrochar, mas é no mínimo encarada com a maturidade de tamanho único que cai bem em qualquer ser humano.

“Ser ou não ser, eis a questão!” Na célebre frase dita por Hamlet, podemos buscar a inspiração para refletirmos ainda mais sobre esse tema, que envolve nossa posição nas redes sociais.

Diríamos que tudo está conectado à EDUCAÇÃO. Pois a verdadeira educação promove o diálogo e não a discussão, acolhe e não exclui, busca entender e não condena, se informa e não simplesmente inicia um duelos por “paixões esportivas”.

Qual a necessidade de atacar as pessoas nas redes sociais? Por qual motivo usar de tamanha violência?

É essencial a busca pela compreensão, afinal todos têm seus motivos, vivemos em uma sociedade multicultural, diversa e nem um pouco homogênea. Esses pontos já deveriam ser o motivo para você pensar duas vezes antes de provocar qualquer ataque nas redes. Acolher ideias e transformá-las no diálogo sempre será a melhor opção.

Uma grande falta é a  EMPATIA, você quer que todos entendam suas dúvidas e aceitem seu modo de ser! Mas quantas vezes fez o mesmo?

 As redes têm mostrado cada vez mais que a empatia é coisa que pouco temos alcançado, a cultura do cancelamento, invade cada dia mais nossas vidas. Como se pudéssemos simplesmente “deletar” as pessoas e os problemas. Com isso, nos afastamos ainda mais da solução, sem perceber que, na maioria das vezes, "lutamos" pelas mesmas causas, por problemas comuns.

Com o mínimo de paciência e afeto, podemos desenvolver a sociedade que buscamos, pois acredite, buscamos as mesmas coisas, o que mudam são cores e sabores. Mas no fundo todos desejamos nossos direitos, entre eles, sem dúvidas o de nos posicionarmos. Que isso seja feito de forma madura e não do “postei e sai correndo”. Sejamos mais ouvidos do que boca, afinal como diz um velho ditado “temos uma boca e dois ouvidos” que, por sinal, era um bom ditado para nos provocar a empatia. Quando realmente escuto o outro, percebo suas inquietações e respeito suas opiniões.


É preciso que você aprenda a usar os recursos que o mundo digital te concedeu. 

Temos uma ferramenta sensacional que pode construir uma sociedade integrada e próxima.

Muito obrigada pela sua leitura. 

Até a próxima!


sábado, 20 de fevereiro de 2021

Um prêmio pra quem agradar a gregos e troianos: Os públicos nas redes sociais

Diego Amaro de Almeida e Lilian de Paula Santos


Aqueles que desejam entrar para o “mundo” das redes sociais, enfrentaram diversos desafios. 

Sem dúvidas, um dos maiores deles é a relação com o “gosto” público. 

Uma velha expressão pode nos ajudar a refletir sobre o tema. “Não é possível agradar a gregos e a troianos", essa é a ideia que nos tem sido passada por séculos ao longo da história, nos remete à antiguidade, quando os gregos, querendo vingar o “rapto” de Helena, a esposa do rei espartano, pelo príncipe de Tróia. Não vamos entrar nos pormenores do épico conto de Ulisses. Mas vamos pensar no que esse “não agradar” pode nos ensinar.


O acesso às tecnologias digitais, permitiu que todos nós pudéssemos nos tornar criadores de conteúdos e, assim, atuarmos em vários “nichos” de temas. Todos, sem exceção, podem, do dia para a noite, conquistar, sem exageros, milhões de seguidores. Basta um smartphone e acesso à internet para que o conteúdo  que você “produziu” se torne “viral” em uma “pandemia” de cliques e acessos globais.


Por outro lado, existe uma ideia de “cancelamento”, que quer dizer - se você falar algo que não agrade, você perde em uma velocidade ainda maior os “seguidores” que conquistou.  E esse é o ponto de partida da nossa reflexão. Para isso é essencial que pensemos em algumas perguntas:


1 - Qual a minha intenção ao produzir o conteúdo?

2 - Quem são as pessoas as quais  desejo alcançar?


Se a sua intenção é conquistar “seguidores”, poderá sempre viver um paradoxo e nunca caminhar, pois seu conteúdo irá ser bom para alguns e não para outros. Não sabemos o que todos estão procurando, sabemos que procuram:  diversão, curiosidades, dicas ... e por aí vai.  Mesmo tendo essa percepção, não saberemos: quais diversões, curiosidades, dicas… 


Precisamos compreender que meu conteúdo será útil para alguém e que quando realizo essa entrega, estou à disposição de questionamentos e provocações. Precisamos lembrar que, da mesma maneira que temos muito a aprender, temos muito o que ensinar. E seguindo por esse caminho, alcançamos bons diálogos e temos a oportunidade de conhecer muitas outras coisas sobre o tema que também nos agrada.



Hoje, temos muitas redes com um público mais que diverso. Mas se pudéssemos generalizar de alguma maneira, compreendemos que seria assim:


Linkedin | 2002 - Um RH global - depende da função que o usuário deseja dar para essa rede, é um espaço de conexão que pode e ajuda na busca de oportunidade de empregos e negócios, a rede tem crescido muito nos últimos anos. Seu público é segmentado por pessoas que estão de alguma forma envolvidas com o "Business" e a criação de “network”. 


Facebook | 2004 - A praça pública - lá todos os assuntos são levados para a discussão, não existe filtro. A não ser impostos pelo próprio algoritmo do facebook. Responsável por provocar o espaços sociais segmentados por temas.



YouTube | 2005 - Sem dúvidas, o maior espaço de conhecimento tácito da atualidade. Lá as pessoas criam vídeos sobre os mais variados assuntos. No entanto, o público associado à rede, procura produções bem elaboradas pela comunidade de youtubers.


Instagram | 2010 - Lá encontramos um público mais exigente no que diz respeito a imagens, procuram por fotos que sejam bem trabalhadas e provoque a criatividade. Com a pandemia, essa rede cresceu com sua entrega em vídeos “lives” que permitiu que muitas pessoas pudessem alcançar públicos também com este tipo de conteúdo.


TiKToK | 2014 - Nasceu como Musical.ly. É uma rede que, apesar de possuir um conteúdo diverso,  se diferencia das demais, por ter seu conteúdo produzido em vídeos curtos, que variam de 15 a 60 segundos. Seus usuários precisam ser objetivos, criativos e provocativos na entrega dos conteúdos. Seu estilo de vídeos, inclusive, provocou o Instagram a realizar uma mudança criando os “reels” que são vídeos de 15 segundos, a rede também aceita o compartilhamento do TikTok.



Se desejamos estar em todas as redes, precisamos pensar em como produzir de forma diferenciada e, além disso, respeitar, estilo, linguagem, tempo, horários se desejamos que o conteúdo esteja em várias redes. Mas sempre visando entregar o melhor, pois o engajamento espontâneo pela busca, sempre será o mais adequado.


Uma forma de viabilizar a visualização do seu conteúdo e escolher bem as TAGS, já que estas serão responsáveis por permitir que o público encontre seu vídeo a partir de palavras-chave. Essas palavras podem ser generalizadas e é importante que sejam, mas vale a pena selecionar chaves com maior especificidades, para que o seu vídeo seja visualizado. Existem sites que nos auxiliam nesta tarefa, como o tagblender.net nele você encontra palavras que mostram opções de TAGS para seus conteúdos. São muitas as ferramentas neste sentido.


O horário das postagens é um fator importante no que diz respeito às publicações, cada uma das redes possui o seu melhor horário de engajamento. Aqui deixamos uma dica importante para você que pretende encontrar e produzir conteúdos.


Linkedin | De segunda a sexta - às 7h, às 12h e às 17h são momento de entrada, intervalo e saída do serviço, momento em que usuários destas redes acessam com maior frequência seu feed. 


Facebook | De segunda a sexta - às 9h, às 13h e às 15h, nos sábados e domingos o melhor horário das 12h às 13h


YouTube | No caso desta rede os melhores dias são quinta e sexta. Sendo que entre 9h e 12h de sábado e domingo também tem uma boa frequência de engajamento. 


Instagram | Os melhores dias e horários para o instagram são; quartas às 17h, quintas às 17h, sábados às 14h e domingos às 20h.


TikTok | Nesta rede os melhores horários são das 7h às 11h e entre 20h30 e 00h - de segunda a domingo.


  • Todos esses dados foram comparados em vários sites que analisam os melhores momentos de engajamento destas redes.


Para te ajudar nesta tarefa, prepare um calendário de temas e tipo de postagem que você vai realizar, é importante não deixar lacunas de tempo, pois aqueles que te seguem querem ver novos conteúdos e existem programas como o trello que te ajuda nesta organização e outros que programam as suas postagens.


Se você se dispôs a fazer algo. Faça o seu melhor!


Depois de um tempo produzindo diferentes conteúdos para essas redes, percebemos que precisamos estabelecer em nossa fala, objetividade e síntese, pois o tempo é curto e as pessoas que nos assistem tem pressa, principalmente em redes como o TikTok. Conforme realizamos as primeiras gravações vamos nos habituando a apresentar os assunto de forma tão dinâmica, que torna-se um problema voltar a explicar os mesmo assuntos em vídeos de maior duração. Não que não possamos, mas percebemos que é possível tratar de certos temas com maior dinamismo, sem que estes fiquem vazios.


Nunca se esqueçam de uma coisa, não vamos agradar a todos, mas se o nosso conteúdo trouxe alegria, emoção, ajudou de alguma forma uma pessoa que seja, ele cumpriu o seu papel. 









A carta

Era para ser só uma carta. Mas cada linha escrita traz a intensidade dos pensamentos de um pai, que se viu num acontecimento divisor de ág...