Desta vez, conto com a ajuda do meu estimado amigo Diego na escrita do texto do blog.
Começamos essas breves linhas dizendo que o meu (Lilian) calcanhar de aquiles é a MORTE.
Ainda engatinho na arte do sentimento sobre o luto. "Se a vida seguir seu rumo, em muitas vezes serei eu que estarei aqui do seu lado te confortando", ouvi isso do meu companheiro (Luís), logo que perdi meu pai, em 2019.
E a vida se fez em sua mágica, alegria e tristeza. Dois anos depois, era eu quem estava o confortando, após perdermos um amigo irmão (Inácio) em um acidente de rapel.
É importante viver o luto para não viver de luto.
Aqui, aproveito para dar dica de um livro, que ainda não li, mas que sei ser maravilhoso pelo relato de quem o leu. "A morte é um dia que vale a pena viver", de Ana Claudia Quintana Arantes.
Partindo para outro asssunto, qual é o seu tropeço? O que te barra e te faz ter a sensação de que não aprendeu nada, mesmo que já tenha passado pela situação inúmeras vezes? Conta pra gente!
"Relacionamentos amorosos. Conflitos no trabalho. Saúde mental (insônia, depressão, brain fog etc). Saúde física (sedentarismo, obesidade, problemas na coluna, doenças graves, entre outros)"
Para lidar com aquilo que nos perturba, muitos têm buscado auxílio na terapia e em outros meios de entender ou ao menos saber driblar os conflitos internos e externos.
Certos de que às vezes tiramos de letra algumas situações que, pouco antes, não sabíamos nem por onde começar. Em outros momentos, sentamos na cadeira da sala de aula da vida e assistimos a explanação de outros mestres no assunto. É a nossa vez de aprender! Afinal, nos sentimos indefesos perante alguns problemas, que para outros são mínimos.
O que você tira de letra? O que você dá aula?
Propomos um desafio! Fale sobre aquilo que você domina, para partilhar sua essência e ensinar aos guerreiros da vida a arte do combate.
Você tem uma fé invicta, inabalável? Fale sobre ela, seja num texto, num vídeo, em uma palestra, em uma conversa, em uma oração. Ajude!
Você tem a insônia, o luto, o amor como assuntos resolvidos em sua vida? Divida isso! Não como o detentor da verdade, mas sim como o ser humano consciente do mundo cooperativo.
Todos nós temos nossos calcanhares de Aquiles, metaforicamente falando, que simbolizam as nossas vulnerabilidades e dificuldades pessoais. Ao refletirmos sobre essas fragilidades, podemos nos surpreender não apenas com a sua magnitude, mas, mais importante, com o quanto somos capazes de superá-las dia após dia. A chave para essa capacidade de superação, reside no autoconhecimento.
Conhecer profundamente nossas fraquezas e forças é essencial para uma vida boa. No entanto, mesmo possuidores de um profundo autoconhecimento, ainda encontraremos obstáculos em nossa jornada.
Eu, Diego, sou consciente das minhas dificuldades. Se olharmos para a metáfora do calcanhar de Aquiles, minhas fraquezas se manifestam de várias formas. Uma delas é a minha aversão à burocracia e à obrigação de prestar contas, especialmente no que diz respeito a tarefas como o Imposto de Renda. Anseio pelo dia em que esse processo será automático, livrando-nos dessa inconveniência recorrente.
Além disso, enfrento o desafio da expectativa moderna de estar sempre disponível, impulsionada pelas tecnologias digitais. O fenômeno de estar constantemente "ligado" e a pressão para responder imediatamente a mensagens ou chamadas relacionadas ao trabalho, a qualquer hora, reflete negativamente a era digital em que vivemos. Esse comportamento não só invade nosso tempo pessoal, mas também alimenta uma cultura de urgência infundada.
Observo, a tendência de algumas pessoas em evitar responsabilidades, tentando passar seus próprios encargos para os outros. Esse esquivar-se das atribuições é um reflexo de uma fragilidade tanto na dinâmica social quanto profissional.
Contudo, inspirando-nos no poema de Ricardo Reis, um dos heterônimos de Fernando Pessoa, "Para ser grande, sê inteiro: nada / Teu exagera ou exclui. / Sê todo em cada coisa. Põe quanto és / No mínimo que fazes. / Assim em cada lago a lua toda / Brilha, porque alta vive", podemos encontrar força. Este trecho nos lembra da importância de sermos íntegros e completos em tudo o que fazemos, colocando toda a nossa essência até mesmo nas menores ações. Como a lua que brilha inteira em cada reflexo no lago, devemos nos esforçar para viver de forma elevada, refletindo nossa totalidade em cada aspecto da nossa vida.
Devemos entender que cada desafio superado é um teste da nossa resiliência e capacidade de crescimento. As dificuldades que enfrentamos não são meros obstáculos, mas oportunidades para nosso desenvolvimento pessoal. Portanto, em vez de nos determos em nossas vulnerabilidades, celebremos as muitas vezes que, apesar delas, avançamos. Ao abraçarmos nossos calcanhares de Aquiles, paradoxalmente, descobrimos um de nossos maiores pontos de força.
E se, ao final de tudo, você ainda não superar tal situação, entenda que era pra ser. Estoicismo- tudo é do jeito que tem de ser!
Sobre a expressão: "Calcanhar de Aquiles"
Usamos a expressão para apontar a fraqueza de alguém, ou algum aspecto que simbolize o ponto mais vulnerável de uma pessoa. A ideia remonta à Antiguidade.
O termo faz referência a um dos heróis gregos mais lendários da história: Aquiles, filho do rei Peleu e de Tétis, deusa e uma das muitas ninfas do mar. A lenda afirma que ao nascer, o pequeno garoto foi mergulhado nas tenebrosas águas do rio Estige.
Entre muitas figuras que passaram pelo rio, Aquiles é de fato o mais notável. Ainda bebê, Tétis teria segurado o menino pelo calcanhar e molhado o resto de seu corpo com a poderosa água. Porém, ao deixar esta pequena parte de fora do Estige, ela teria ficado desprotegida.
Durante a Guerra de Troia, o combatente foi atingido de forma fatal na região, causando seu óbito quase que instantâneo.
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