sexta-feira, 21 de maio de 2021

O café do passado e o café do presente

Quando apreciamos esta bebida, muitas vezes não percebemos toda a sua história e importância cultural. Uma bebida que trouxe prosperidade ao mais simples agricultor e grande riqueza aos que ficaram conhecidos como “Barões do Café”.

O café de origem árabe, chegou ao Brasil pelas mãos de Francisco de Mello Palheta, que foi presenteado com mudas da rubiácea, em visita às Guianas.

Com isso, por volta de 1720, o café foi trazido ao Brasil. 

Sorte a nossa!!!!!


Porém, seu grande florescer foi no Vale do Paraíba Fluminense e Paulista. 

O café não é algo que mudou só a economia, mas também mexeu com nosso jeito de pensar, relacionar-se, consumir, ser… 

Fez com que o Vale do Paraíba se tornasse uma grande potência. As vilas e freguesias cresceram e o cenário mudou, por conta do grão. A mata foi derrubada, os sertões deixaram de ser incompreensíveis. A Estrada Real Caminho Novo da Piedade foi o caminho por onde as grandes propriedades cafeeiras se constituíram e deram forma aos municípios, que hoje conhecemos.

Com a riqueza do café, foi possível a instalação das estradas de ferro. 

E, pelos trilhos do trem, a cultura da corte e das capitais se fez presente. Os salões e os saraus começaram a substituir o único espaço que, antes, era possível para o convívio social: a igreja.

O café mudou nossas relações e continua fazendo parte de nosso cotidiano.

Se antes trouxe a riqueza, hoje é a bebida que embala nossas tardes de trabalho, reuniões e até se torna o bom pretexto para uma conversa rotineira entre amigos.

A gente comemora, a gente celebra, a gente vibra ao experimentar um novo café.

E tem pra todo gosto....

Café mineiro, paulista, passado na hora, no cuador, na garrafa adoçado, gelado, em drinks, café de mãe, café de amigo, café de bolerias, café da vida.


Um bom café nos permite viajar e viver.

Há cafeterias que celebram a arte do bom café com novidades diárias.

Há também os capuccinos que ganharam o gosto da população. Mas o famoso cafezinho não perde espaço nunca em nossa vida.

Tanto prazer em tomar um café, que isso se comprova nos números.

Em casa, saem quatro xícaras por dia. Mas no local de trabalho, são duas jarras quentinhas na hora. (Aqui quem fala é Lilian).

Somos um dos maiores consumidores de café do mundo.

E também de uma boa comemoração regada a bom papo, amizades verdadeiras e duradouras, além do convívio em família.

Com tudo isso, finalizamos dizendo.

Sorte a do café por ter sido escolhido para brindar boas reuniões de nós, humanos.

Por aqui, tem serviço de sobra para essa prazerosa bebida.

E você, gosta de café?





sexta-feira, 7 de maio de 2021

A vida é um sopro!

Nunca na história desse mundo contemporâneo a morte esteve tão latente.

Ela segue sendo a protagonista num contexto de pandemia.

Segue sendo a dor final de quem fica com seus cacos de lamento para serem remendados.

A morte a que estamos nos referindo é aquela que cessa a vida física. Há um tempo previsto que se determinam pra vivermos o luto, estabelecem até alguns dias para entender, digerir e caminhar novamente.

E dizem para você: Vai passar, você será confortado. Ele ou ela estão em paz. E você tenta ao longo de seus dias, como um mantra, repetir que isso é verdade.

Mas o que se discute aqui é que, para além da morte física, o que não estamos tendo tempo de deixar as pessoas enlutadas em seu canto, pois todo dia elas estão sendo lembradas que a vida cessou aqui, ali, aqui, ali novamente, seja por COVID ou por outra doença, acidente e demais fatalidades, há a morte da dignidade, da coragem, do anseio pela esperança. Há mais de um ano estamos assim.

O retrato de família parece mais vazio em números e alma. Um pai tenta olhar para o seu filho com a certeza de dias melhores, mas ele não tem isso como sua força base. Como transbordar esse conhecimento aos seus se isso lhe falta? 

Com essa condição, lá do espaço, um observador da terra diria: estão todos meio perdidos no planeta azul. Acho que agora a sociedade deu bug, pifou. É o fim! 

Mas é aí  que se percebe a enorme  capacidade de adaptabilidade inerente ao ser humano.

Ele aprende com a dor. Ele cresce no campo infértil e  passa a transmitir novamente aquela essência que o faz vivo.

E, mesmo vivendo com a dor, a dúvida, o medo, a saudade e até a indiferença, todos os dias ele encara a vida de frente. Afinal, não há outro meio.

E, quando vê, no mar revolto, encontra quem reme contigo.  Se separa com quem prefere remar a furar o barco. Com quem torce pela sensatez do piloto, ao invés de vibrar pela queda do avião. E dança ao mesmo som da música desse novo anjo que surgiu em seu caminho.

A partir daí, ele seleciona o que vale realmente a sua atenção e a sua alma por inteiro. Pois, ninguém pode ser do outro se não é, antes de tudo pra si.

Seja para si, cuide de si. Fazendo isso, você  pratica a doutrina do todo, e se alimenta de cuidado, amor, empatia, gratidão.

E mesmo com tudo isso, ainda haverá dúvida, revolta, medo, a certeza de que a vida é um sopro, e isso fica tão evidente quando perdemos os nossos entes e vemos que eles eram inseputáveis e, portanto, deveriam ser  inseparáveis de nós. Mas não está no nosso comando.

A diferença é que a prática de um equilíbrio diário te dá base para chorar e agradecer ao mesmo tempo. Para se cuidar e cuidar do outro indiretamente. De ser exemplo ao próximo como fonte de cooperação sistêmica. 

De fato, a gente não sabe nada de nada. Mas desejamos que com essas novas práticas, que, ao menos o ser que está em algum lugar nos observando, tenha orgulho dessa sociedade de aprendizes.

Até a próxima!!!!




A carta

Era para ser só uma carta. Mas cada linha escrita traz a intensidade dos pensamentos de um pai, que se viu num acontecimento divisor de ág...