Sempre que perdemos algo, sempre que trocamos o conhecido pelo novo, sempre que nos despedimos de alguém que amamos ou simplesmente conhecemos, fica um vazio.
E por qual motivo?
Não deveríamos nos preencher com tudo o que fomos absorvendo usufruindo desse "algo", desse "conhecido", desse "saudoso ente ou conhecido"?
Pois é, mas a nossa vida não é programada para os imprevistos.
Achamos que temos tudo na prateleira, encaixadinho em seus devidos lugares. Mas não!
No mundo da bike, rapidinho a gente resolve o problema de um pneu vazio.
Mas na vida, além do pedal, como fica?
Aprender a lidar com esses vazios é algo necessário. Mesmo sabendo que, quando superamos um vazio, logo vem outro. Copo meio cheio, copo meio vazio.
E assim a vida se faz!
Com suas certezas, como a do poder do amor, das relações, das conquistas, dos desenvolvimentos espirituais e profissionais, da grande dádiva da RESILIÊNCIA!
E com as teimosas incertezas, que nos fazem tremer na base, perder o chão, o rumo, o sentido, nos fazem CHORAR!
O certo é que a cada "novo vazio", devemos olhar para os "antigos cheios" que aprendemos a forjar.
Se perdeu algo, reconstrua!
Se trocou o velho pelo novo, comece a reescrever uma nova história!
Se perdeu alguém, seja forte! Mas lembre-se, há um tempo de chorar, um tempo de sorrir. E certo mesmo é que a lágrima que hoje escorre, amanhã secará e dará lugar a um sorriso e à gratidão de ter podido viver e beber da fonte da vida de quem se amou e ainda se ama.
Um especial abraço a todos os que tiveram suas perdas, aos que se lançaram aos novos começos e até mesmo aos que fizeram o caminho inverso, ou seja, deixaram o novo e voltaram ao antigo.
Foi dada a nós a permissão de viver!
De sermos gente, humanos e humanizados.
Então, com medo mesmo, vamos viver!