terça-feira, 10 de julho de 2018

Europa 2018- Um tour de avião, carro, bike, barraca, curiosidade e conhecimento

Estivemos em 5 países, sendo 3 mais conhecidos
Período de viagem de 19/06/18 a 0/07/18
FOTOS: ÁLBUM COMPLETO- https://goo.gl/pvs6pS

Por Lilian de Paula

É estranho dar tchau (ciao = oi), quando se está chegando. Mas na Itália é assim. Não se atreva a pedir pizza de dois sabores que virão duas pizzas. No país europeu, a pizza é uma para cada um. 

Na França, as charmosas Courmayer (divisa França e Itália) e Chamonix, e na Suíça a discrição e a tranquilidade de Silvaplana (952 habitantes), St. Moritz e tantas outras cidadezinhas encheram nossos olhos de cor e nossas mentes de lembranças vitalícias. As dificuldades da língua, cultura e paisagens encantaram a mim e meu companheiro de vida, Luís Flávio. E o velho sonho de ir desbravando países ao nosso modo ganhou mais um capítulo nesses meses de junho e julho de 2018.

Assumi a  difícil missão de colocar num texto a bagagem enorme de conhecimento adquirido nesses quase 20 dias de viagem. O relato é para compartilhar conhecimento, experiências e incentivar a todos a viajarem sempre que puderem. 


Vista do Mont Blanc- França- Skyway


Acordar no Brasil e dormir na Turquia, com suas seis horas a mais. O nosso dia 19 de junho de 2018 teve 18 horas, por conta do fuso horário Brasil e Turquia. 

TURQUIA- ISTAMBUL

O voo de 12 horas teve conexão em Istambul, local em que a companhia Turkish Airlines ofereceu hotel aos passageiros. Em uma rápida observação a caminho do hotel, percebemos o quanto a Europa recebe bem o verão. Flores por todos os lados, jardins verticais e gente nas praças até de madrugada comemorando o tempo mais fresco. 

No dia seguinte, de volta ao aeroporto, voamos para Roma. Cidade com 5 horas de diferença para mais em relação ao Brasil. O voo de 3 horas foi super tranquilo.

Ao chegar ao aeroporto, fomos em busca de nosso carro, que já havíamos alugado previamente pela internet. Como na viagem decidimos levar nossas bikes, um carro maior atendeu às nossas necessidades.

 E que carrinho bom. Faz 25 km por litro e é a diesel.

De Roma partimos para o primeiro de tantos destinos. No caminho até Livorno, as fazendas de Toscana apresentaram-nos a organização dos fazendeiros para garantir alimentação do gado no próximo inverno (foto abaixo).

                     Fazendas a Toscana- rolos de feno


LIVORNO

Chegamos à querida e praiana Livorno, norte da Itália, que, com seus castelos, muralhas,  ruas estreitas e construções padronizadas e antigas, deu-nos as verdadeiras "boas-vindas" em solo europeu. 

E logo que firmamos território no Camping Mare e Sole, procuramos diversão na cidade. E aí começaram as surpresas e costumes tão engraçados em relação à nossa cultura. Sentar à mesa de quatro lugares quando se está em casal é quase um crime. Nas ruas percebemos o quanto o espaço é valorizado na Europa. Vias estreitas, muitas motos (vespas retrô) ao invés de carros. E quando se viam automóveis, em muitos, mas muitos casos, eram pequenos como este abaixo.



A bonita Livorno tem praias sem areias, com pedras brancas, que de tão claras chegam a cegar. Até tentei, mas ficar sem óculos escuros na clara Itália torna-se um desafio no verão. Luís não resistiu a um banho na água clara e menos "melada".





E foi lá mesmo que demorou para dormirmos na primeira noite, com o sol indo embora lá pelas 21h.



PISA

No dia seguinte, seguimos com nossas bikes para a comuna de Pisa. Um giro de 30 km (ida e + 30 km de volta) nos possibilitou conhecer um dos monumentos mais inusitados do mundo. O que percebemos nesse rápido passeio até Pisa é que as pistas servem e muito bem as bikes. Muitos viajantes, muitos atletas e muita gente fazendo uso da bike para outros fins de locomoção. 





CINQUE TERRE (das 5 vilas, escolhemos vernazza)

Antes de viajarmos, recorremos a alguns destinos pela internet. Lugares que se destacam não somente pela beleza, mas por serem inusitados e únicos. Dentre esses destinos, estão as "Cinque Terre", "Cinco Terras). Trata-se de cinco vilas bem coloridas de pescadores que eram apenas vilarejos, mas assim que descobertas por turistas, viraram atração e parque nacional. Para chegar até lá preferimos o carro, pela liberdade, tempo e facilidade. Mas é possível ir também de barco e trem. Diferentemente das rodovias, as estradas estreitas e com muitas curvas são algo em comum no acesso aos municípios.  Escolhemos, dentre as cinco vilas, Vernazza, por ter um castelo com vista para o mar. E foi lá também que tentamos assistir de longe um jogo do Brasil na Copa. Só tentamos!!!









 Tentando assistir ao jogo

FINALE LIGURE/NOLI/VARIGOTTI

Logo após a passagem por Cinque Terre, embarcamos para Finale Ligure, um dos lugares mais agitados na viagem, perdendo apenas para Roma.

O cenário foi palco para a prova do Giro d´Itália e, é claro, quisemos passar por lá, fazer um Giro d´Brasil com nossas bikes para conhecer a beleza proporcionada pela natureza aos turistas e moradores. A via que liga Finare a Noli encanta pelo conjunto de cores, pela limpeza e  pelo privilégio dos recursos naturais terem sido tão generosos nesse cenário.








Em Finale, a falta de espaço provoca agitação. E como não somos adeptos à muita badalação, escolhemos  um camping mais afastado do centro. Camping San Martino, a 6 km do centro.


Foi em Finale que experimentamos a Fogatina, um salgado que parece um croissant. Uma delícia! E foi lá também que apenas "degustei" do café. Se pedir um café lá, não se assuste! Vem pouco e você fica na vontade! (nem todo café é assim).


Ainda em Finale, dos inúmeros castelos vistos da estrada, pelo menos um conseguimos conhecer. 

Trata-se do Castel Gavone, uma construção no topo da colina de Becchignolo e que tem sua origem de construção desconhecida. Pisar num local que serviu de alvo na luta pela defesa de Gênova e por saber que muita história transborda em locais como este, nos enche de conhecimento, curiosidade e vida. Trata-se de um excelente exemplo da arquitetura militar medieval. 

  

  





Foi também em Finale, que depois de uma peregrinação de quase 1 hora em busca de uma vaga para o carro, é que conseguimos um restaurante japonês. Demos um tempo nas massas maravilhosas para encarar a culinária oriental.



TURIM 

Logo após a passagem por Finale, pegamos novamente as maravilhosas estradas do norte da Itália, amplas, infraestrutura impecável, motivos os quais justificam os pedágios excessivos. O mais barato deles 0,65 centavos de Euro. Na estrada rumo a Turim, fomos sendo surpreendidos pelas construções antigas, vegetação abundante e muito respeito no trânsito. A ida até Turim surgiu como passeio de última hora. Afinal, a minha curiosidade brotou por ser a terra de Dom Bosco, um educador que realizou projetos no século XIX e que são até hoje praticados. Luís foi em busca de uma loja para sondar produtos de esporte. Mas, vale muito visitar Turim. A cidade tem dois mil anos e foi a primeira capital da Itália. Na chegada até o Santuário de Dom Bosco, mais uma surpresa. Bem na porta, nos encontramos com uma família de Piquete, bem pertinho de nossa terra aqui no Vale do Paraíba, Guaratinguetá-SP.

A exemplo nosso, Beto e Rúbia, juntamente com sua nora, também estavam fazendo um tour de vários dias pela Europa. Uma selfie na porta do Santuário serviu como um brinde à coincidência valeparaibana em terras italianas.




                  

E o atraso ocasionado pela nossa parada em Turim nos reservou uma bela surpresa. O túnel que dá acesso à França, Mont Blanc, tem sido fechado todos os dias às 18h (horário local), para obras durante o verão. Por isso, assim que chegamos ao trecho, não pudemos passar. Tivemos que repousar na aconchegante Courmayer.

COURMAYER

Em Courmayer, ficamos no Camping Grandes Jorasses, em referência  à montanha formada por um conjunto de seis cumes situados no Maciço do Monte Branco/ Mont Blanc. Ah, uma curiosidade. O camping só abre de junho a setembro (verão europeu). Aqui vou deixar que as fotos falem por si só!


Chegada à Courmayer, vista da estação Skyway (bondinho que vai até o Mont Blanc)


Recepção no Camping Grandes Jorasses



Frio de 4 graus mesmo no verão europeu.

Amanhecer em Courmayer, vista da barraca.




Em Courmayer, a recepção do Camping, o preço acessível, sem falar no cenário único por sua localização, nos marcaram muito. Foi lá que conhecemos alguns casais de idosos. Dona Ponshita, uma italiana aposentada, no alto de seus 80 anos e que, a exemplo de outros casais, também roda pela Europa com seu esposo aproveitando o verão. A nós, ela disse que ficaria no camping por mais um mês e, por isso, além dos motorhomes, eles verdadeiramente se instalam, como se ali fosse a casa deles pelas próximas semanas.

E foi aí que Luís, meu companheiro, disse uma frase que resumi muito essa situação. "Aqui na Europa, eles querem viver de verdade e até o final".

Como disse, o europeu recebe muito bem o verão, não somente com flores nas varandas, mas também se deitando sob o sol forte, caminhando pelas calçadas sem recorrer ao guarda-sol, nadando nas praias e piscinas com alegria e aproveitando as sorveterias, como se quisessem dizer para o frio nunca mais voltar. 

Dona Ponshita, uma típica anfitriã italiana no Camping Grandes Jorasses




Ainda em Courmayer, decidimos fazer o passeio de Skyway, e como o próprio nome diz: o caminho do céu, que me atrevo a dizer que não deve ser tão lindo quanto o que vimos nos mais de 3.400 metros de altitude que ganhamos rapidamente pelas montanhas desse gigante branco, que agora se descobre para dar lugar às rochas e à vegetação. O passeio que queríamos até a estação Aiguille du Midi, a 4.800 metros de altura, estava fechado neste verão europeu (2018) para manutenção dos cabos que levam os turistas ao topo do mais alto pico da Europa Ocidental. 

https://www.youtube.com/watch?v=7WJMD_tQ_uk
Vídeo editado- subindo Skyway (Saiba sobre as estações)



















E se não bastassem os encantos apresentados a nós das alturas (Skyway), resolvemos ficar um dia a mais em Courmayer para um giro de bike pelos bairros da comuna. Pedalar aos pés do Mont Blanc é quase impossível. São muitos os cenários inusitados. O rio de águas claras do descongelamento das geleiras, as placas de gelo que aos poucos transformam-se em estado líquido, as casas com telhados de pedra e a calmaria do lugar foram algumas das nossas fotos.






Um encontro com um San Bernardo











FRANÇA - CHAMONIX E ARGENTIERE

No dia seguinte, 26/06/18, acordamos cedo, desmontamos nossa mansão tão confortável (rsrs) e seguimos rumo à França. E nessas horas que você percebe o quanto nosso Brasil é grande. Na Europa, viaja-se poucas horas e já está em outro país. No Brasil, para atravessar São Paulo é uma eternidade. Enfim, rumo a Chamonix. Para acessar a França, um pedágio caro, como tantos outros em estradas italianas.

O município francês mais próximo do Mont Blanc, Chamonix-Mont Blanc, tem impecáveis casinhas nas encostas, rio abundantes das geleiras, comércio atraente e também muito caro. Ouvimos isso de uma turista norte-americana que passou por nós. Mas vale a visita até lá, onde escolhemos para repouso o  Camping Les Marmottes.

Foi também na cidade que conhecemos o comércio local, tomamos café, almoçamos, fotogramos. Tudo isso, após um passeio de trem ofertado pelo próprio camping. Ah, um passeio de trem por estradas exemplares. Trilhas muito bem estruturadas para as moutain bikes. Foi também próximo a Chamonix, mais espeficamente em Argentiere, que tomamos o melhor café da viagem, simples e barato, mesmo sem entendermos uma palavra em Francês no cardápio. Milagres acontecem quando se tem curiosidade. kkk.





















O melhor café que tomamos, simples. Em Argentiere...

No túnel atravessando o gigante Mont Blanc por baixo (Courmayer/Chamonix)

SUÍÇA- SILVAPLANA E ST. MORITZ

Bastou um dia em Chamonix apenas para nos satisfazermos e seguirmos viagem. 
Bastaram 15 minutos na estrada para chegarmos à divisa França/Suíça. 

Não me canso de dizer que as estradas encantam pelos cenários que vão aparecendo entre uma montanha e outra.  Um pedágio anual é cobrado para circulação de veículo no país (Suíça). E ele pode ser pago nos postos de combustíveis que fazem divisa. Custa 40 Euros. Assim que pago, o adesivo é anexado ao vidro do carro. As leis são rígidas e não respeitar a regulamentação, pode custar caro, financeira e moralmente falando.

Logo, em solo suíço, atravessamos o país do oeste ao leste em algumas horas.





                     
Ao longo do caminho, muitas cidades suíças  têm como ponto em comum as igrejas de arquitetura ímpar. A famosa "caixa d´água da Europa, pela abundância do recurso natural mais importante para a vida, também chama a atenção pela uniformidade entre as cidadezinhas. Aos nossos olhos mais parecem pequenas comunidades de ruas estreitas, de extrema preservação, bem espaçadas umas das outras e muito pequenas também. E o que mais se observa são casas nos altos dos morros e montanhas, cercadas de vegetação. A famosa Suíça é cara, e, por isso, para viver lá é para poucos.  
A chegada ao destino na Suíça, Silvaplana, demorou em torno de seis horas, com as paradas ao longo dos 400 km de estrada.  Instalados, escolhemos um restaurante alemão para jantar. O curioso é que, sem querer, soltei um "obrigada" à garçonete. E vi que ela ficou feliz e disse- "Tú fala português"? Ao dizer que sim, ela disse que todas as garçonetes ali eram de Portugal. E, a partir daí, a nossa língua predominou no papo da noite.  


Cidadezinhas da Suíça


Camping Silvaplana


Motorhomes lotam campings da Europa

Jogo da Copa- Na Suíça, os suíços mandaram na tv e
 não pudemos assistir ao Brasil no mesmo dia e horário

Na Suíça também fizemos um giro de bike entre Silvaplana/St Moritz. 
O verão da Suíça nos pareceu gelado. Mesmo com sol, o passeio à pé às margens do lago Silvaplana foi bem agasalhado. O lago Silvaplana é palco para esportes como windsurf, passeios de barcos e lanchas. Afinal, não falta, além do frio, o vento.

                   
                                                  Pedal por Silvaplana/St Moritz

                 
                                       
                                       




Lago Silvaplana





O Camping Silvaplana foi de todos os 6 campings que estivemos o de melhor infraestrutura. Banheiros climatizados, loja com vários produtos alimentícios e outros, tv, além de estar às margens do lago Silvaplana. O que diferencia dos campings brasileiros que já estivemos é que nesses campings europeus que conhecemos não há cozinha comunitária, pois são ocupados, em sua maioria, por motorhomes e não por barracas.  


                  
                                                      Infraestrutura Camping Silvaplana- 
                                                        banheiros climatizados, com secadores e espaços
                                                   individualizados para crianças e pessoas com deficiência

                                      


RETORNO À ITÁLIA- BOLZANO (DOLOMITAS)

Em nosso retorno à Itália, passamos pelo  Furkapass, nos Alpes Suíços, e pelo Passo de Stelvio, palco do Giro d´Itália 2018,  construída em 1820, localizada nos Alpes Orientais e bem próxima da divisa entre Itália e Áustria. Palco de competições internacionais de bikes, as estradas foram para nós uma das grandes experiências da viagem. Daquelas que nos fizeram ter a certeza de querer voltar no lugar. O norte da Itália é simplesmente um patrimônio da humanidade. Curvas sinuosas, montanhas com gelos se desprendendo, ciclistas, motos.  Ou seja, o que é para ser estrada vira atração. Ou seja, é como a vida.

Furkapass- Alpes Suíços






As curvas da Furkpass

Belvedere-Furkapass










Passo dello Stelvio








Ciclistas encaram a longa estrada, com até 13% de inclinação


                        8 graus, foram o vento lá fora do carro

Na região de Bolzano ficam as Dolomitas, que, de longe, percebe-se que são diferentes. São montes pálidos na parte leste dos Alpes. No total, são 18 picos, com altura de 3.000 metros. Palco da 1ª Guerra Mundial, essas montanhas, Patrimônio da Unesco, sem dúvidas, oferecem uma aula de conhecimento, diversão e lazer. 

Há muito o que se fazer pela região das Dolomitas, Luís e eu escolhemos ficar no  Camping Alpe di Siusi/Seiser Alm. Nem sei por qual motivo rsrsrs..
             Vista da barraca para as dolomitas- Camping Alpe di Siusi- Seiser Alm




E foi também na região das Dolomitas que nos propusemos a conhecer as estradas com nossas bikes. Como em todas as vias que dão acesso às pequenas cidades, essas também eram repletas de curvas, muito inclinadas e de tirar o fôlego pelo excesso de beleza. Em La Villa, fizemos um giro curto de bike por um dos trechos da Maratona Dolomitas. O local estava cheio de ciclistas, pois no dia seguinte ocorreria a prova (1 de julho de 2018), na qual participaram mais de nove mil atletas. Dentre eles, nosso representante do Vale do Paraíba, Edinho, que ficou entre os 200 primeiros colocados, na maior das competições, com 138km.   








Apesar da proximidade dos países na Europa, não foi desta vez que fomos até à Alemanha. Mas a Alemanha veio até nós. O amigo do Luís, Julian, sua esposa e filha, foram  nos visitar no Camping. E, bastaram poucos minutos de conversa, para conhecermos mais sobre a cultura dos países que estávamos visitando, além de outras conversas, pela perspectiva de um europeu nato. Claro, uma foto para registro aos pés da Dolomitas. 


VENEZA

Com um certo saudosismo nos despedimos das Dolomitas, com a certeza de voltarmos lá. 
Os destinos nessa viagem foram surgindo com uma pesquisa prévia que fizemos das rotas que iríamos percorrer, mas alguns locais escolhemos passar pela curiosidade mesmo. Foi o caso de Veneza. A cidade respira cultura, conhecimento, é, sem dúvidas, referência nos estudos dos clássicos gregos ao abrigar a Biblioteca Marciana, com as centenas de milhares de manuscritos.

Vale pela experiência incrível de visitar um local. Por ser totalmente cortada por rios, ela criou uma identidade própria e virou atração mundial.

















FLORENÇA

A viagem chega ao penúltimo destino. Florença, que apenas nos serviu de repouso para o último destino, Roma. De Florença o registro de um camping que nos recepcionou muito bem. Afinal, o texto tem como intenção oferecer oportunidades de mais pessoas conhecerem tantos lugares neste mundo e com preço mais acessível. A exemplo de outros campings, este oferece piscina, passeios a cavalo, restaurante, trilhas para bikes. Ah, e até música no banheiro.  Camping Village Il Poggetto.



ROMA

Sobrou para o mês de julho conhecer Roma, a terra do imperador Júlio César.  E os dias mais tranquilos  de campings, bikes, castelos e passeios pelas montanhas ficaram para trás. A terra do Império e agora do Vaticano até assusta! Não somente pelos monumentos históricos, mas pela agitação, pelo assédios dos comerciantes e também pelos preços.



Luís e eu aproveitamos os dois dias na capital da Itália para conhecermos os principais monumentos. A dica aqui para passeios durante o verão, é levar uma sombrinha (guarda-sol) consigo. O sol é muito forte. Prefira caminhadas ao invés de táxis, trens e até bicicletas. 
No primeiro dia de nossa chegada à Roma, deixamos  de trem o aeroporto Fiumicino, onde entregamos o carro e deixamos nossas mala bikes no guarda volume. 
Ao desembarcamos em Roma, diferentemente de todos os outros dias da viagem, ficamos em um hotel. Hotel Tirreno, a 700 metros do Coliseu. E, neste mesmo dia, conhecemos o Coliseu e o Palatino. Outra dica, visite o Palatino primeiro até diminuir a fila do Coliseu. E compre ingresso no Palatino, assim quando voltar ao Coliseu, não precisará pegar filas quilométricas.

Coliseu e as poses para as fotos














No dia seguinte, caminhamos quatro quilômetros do hotel ao Vaticano, mas sem perceber, pois ao longo do caminho são muitos os monumentos. De tantos prédios e construções históricos, confesso que ficamos perdidos. 
Mas pela preservação, quase que intacto se encontra, o Panteão nos encantou mais. O gigante passou pelas histórias da Roma antiga, medieval, papal, renascentista, até se tornar o protagonista da Roma capital, ao ser escolhido pelos Reis da Itália unificada, como sacrário do novo reino. E se mantém intacto graças ao mármore destaque de toda a obra. Aproveitamos o passeio para conhecermos ainda o Monumento Vittorio Emanuele, inaugurado em 1911 para homenagear Vittorio Emanuele II, primeiro rei da Itália depois da unificação. Fontana di Trevi, restaurada em 2015, e que fica no ponto onde cruzam três ruas também estava em nossa rota. E, por último, o Vaticano, onde fomos pela curiosidade de conhecer a sede da igreja católica e por ser também o menor país do mundo, tornando-se independente em 1929, mas ainda não reconhecido pela ONU. Ô facilidade de acessar um país sem ter de passar por controle nenhum (rsrsrsrs). 




Fontana di Trevi

Fontana di Trevi


Praça do Vaticano




 Castelo de Sant'Angelo

E antes de embarcar no trem, de volta para o aeroporto, ainda fomos conhecer a Piazza del Popolo no dia 5/07.





E se a Europa te convida a não ficar parado, afinal são muitos os destinos, paisagens, solos sagrados, solos de batalhas épicas, ricos em vegetação, gente educada e bruta (rsrsrs), de sorriso fechado e de sorriso aberto como nosso (brasileiros), vale a pena perpetuar o quanto der a passagem por aqui. Restaram, então, uma refeição e um registro na parede do barzinho La Forchetta di Oro, Monti, Roma.



COPA DO MUNDO

No carro, a caminho das Dolomitas (Itália), ouvimos a narração italiana de um dos jogos da Copa 2018. E de lá da Itália, ganhei um bolão de família, aqui no Brasil. O outro jogo que tentamos assistir coincidia com a partida da Suíça, no mesmo horário. E, em campo suíço, no camping Silvaplana,  o que predominou foi o jogo dos europeus. A animação dos suíços ao ver o time fazer um gol foi no mínimo inusitada e bem diferente do nosso tipo de comemoração. Um deles disse "ja", que em alemão é "sim".

                            
                             Restou assistir ao jogo da Suíça em camping Silvaplana


O terceiro jogo que assistimos foi no avião, já a caminho de São Paulo. Voo cheio de argentinos, pois o destino final era Buenos Aires. Não deu outra, Brasil perdeu para Bélgica nas quartas.




ESTATÍSTICAS DA VIAGEM

Países (5 países, mas sendo 3 mais bem explorados)
kms rodados de carro 2.900 km-  (nem sentimos, pois o caminho já é um belo passeio)
Horas na estrada de carro- 50h
Giros de bike- 6 passeios, sendo quase 200 km

DESPESAS (Ou melhor, investimentos)
Pedágios- que variam de 0,65 a até 45 Euros;
Combustível- muito econômico o carro a diesel. Abastecemos 6 vezes apenas, dando 226 Euros;
Campings, com diárias entre 8 e 11 Euros + estacionamento carro e cobrança pela barraca (em alguns casos);
Chip para acesso à internet e outras redes sociais lá fora;
Estacionamentos- as cidades não têm muito espaço nas ruas e, por isso, oferecem muitos parkings pagos;                                                                                            Transporte bike  - há cobrança extra para transportar bikes no avião. A Europa tem muitas bikes "top" para alugar. Compensa alugar a levar.

MEIO AMBIENTE
Fiação subterrânea, vimos muitas árvores nas cidades;
Coleta seletiva;
Banhos controlados em campings;
Vegetação em abundância;
Uso de carvão para geração de energia, o que pode mudar segundo uma reportagem do governo de SP e do portal RTP Notícias;

UM AMIGO EXTRA NA VIAGEM
Conosco levei o Alce, um bichinho de pelúcia que comprei há 12 anos no Canadá para meu sobrinho, Victor Huggo. E tirar foto com ele em locais mais variados até parecia coisa de criança. Mas a intenção é incentivar sonhos a se transformarem em realidade. Afinal, viajar e conhecer os locais por onde Alce passou foi compromisso assumido por meu sobrinho. Por onde Alce passou, Victor vai passar. 

CONSELHO SE PUDERMOS DAR
Foi uma experiência incrível, mesmo que queiramos descrever em texto e fotos, não conseguiremos. Mas estamos à disposição para ajudar com quaisquer informações, caso alguém se interesse por esse tour.  Então, VIAGEM!!!!!!

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