sábado, 14 de novembro de 2020

Todos somos um veículo de comunicação

          A linguagem é nossa ficção primeira, é ela que permite o universo imaginário que vamos chamar de “mundo verdadeiro”.

Viviane Mosé, 2018 


Por Diego Amaro e Lilian de Paula

A epígrafe acima nos faz refletir muito sobre o universo da comunicação, já que as palavras foram criadas com a intenção de que pudéssemos dominar o mundo físico e o das ideias. 


Com as palavras, temos a possibilidade de compreender as coisas que nos cercam, mesmo que limitadamente.


Com as palavras, construímos novas ideias e comunicamos tudo que precisamos.


Mas será mesmo que entendemos a nossa responsabilidade de comunicar?


PARTE 1

A comunicação é uma arte de responsabilidade


*Será que usamos as palavras corretas para representar da melhor forma as nossas ideias? 

*Compreendemos aquilo que podemos provocar ao nos comunicar?

*Ou ainda, a sutileza de entender os caminhos que podemos tomar para que nossa mensagem chegue de forma clara e compreensível a todos?


É fato que nos comunicamos todos os dias. Nos conectamos de diversas formas com aqueles que estão ao nosso redor, seja com a fala, a expressão corporal ou até mesmo por mensagem digital. Isso, sem falar das homenagens que um ser humano pode fazer ao outro em dias comemorativos.


E por falar em digital, as tecnologias digitais fizeram com que todos se transformassem seres comunicáveis e comunicados em massa.


Elas deram  a oportunidade do mais simples humano se tornar um influenciador de ideias e também democratizaram o poder de se comunicar. Mas vale lembrar!  Grandes poderes exigem grandes responsabilidades!


Ao dar um *send* em uma mensagem, ela já foi enviada. E uma vez lida, o que foi dito dificilmente se apaga da memória do indivíduo. Do mundo dos segredos, a fofoca é inquilina. Há tantos plantonistas neste assunto.

Replicar uma notícia falsa? Opa, deixa comigo!!! Sabia que uma notícia falsa atinge 90% dos internautas e que elas se espalham 70% mais rapidamente que notícias "normais"? Podia isso ser uma fake news, mas a Inteligência Artificial, que trabalha com os chamados algoritmos, acompanha nossos passos nesse mundo de "corajosos, valentes e bocudos". 


Quem está por trás de uma desinformação (fake news, notícias pobres em conteúdo, fofoca etc), em muitos casos, sabe o que está fazendo. Faz sabendo que a manipulação viraliza.

Quem, em muitas situações, não deve ter noção desse mal é a pessoa que recebe o conteúdo. Replica sem ter dimensão de que também é um comunicador em potencial. Ainda atribui esse mal somente à mídia, mas nem percebe que é o grande consumidor do produto podre vendido na prateleira da comunicação.

Não estamos aqui citando como vilão da boa comunicação apenas a mentira, mas também o conteúdo pobre, a informação muito técnica ou até mesmo a falta dela. Não é também se passar a escrever muito intelectualmente ou de maneira muito chula para conseguir alcançar o seu público. É ter sensatez e equilíbrio para uma comunicação universal e agradável.


  PARTE 2

Tem solução para este mal? 


Poderia este ser um problema com data marcada para acabar? 

Cremos que não, pois não é a Inteligência Artificial que deu cara aos vilões, eles sempre existiram! 


Nos tempos do Cristianismo, o Cavalo de Troia. No período contemporâneo, os lobbys falsos ganharam e ganham público, popularidade! 


O ET de Varginha,  a Terra Plana, a Grávida de Taubaté, A corrupção,  O projeto de viaduto que não saiu do papel, apesar da promessa. E por aí vai….


Na era do digital, fica muito fácil democratizar a informação sem nenhum critério. Difícil mesmo é exercer o senso crítico de que não existe um único culpado para esse desastre de comunicação social a que se presta fazer muitos cidadãos.

Todo mundo tem sua parcela de culpa e  todas essas esferas da sociedade há o humano ruim, que espalha fake news, que dá audiência pra tal conteúdo e que replica em mensagens, redes sociais e rodas de conversa aquilo que NÃO É!


Fica aqui a dica de dois filmes *O mentiroso* e *Amor por Contrato*. Ambos, têm a mentira no alvo do roteiro.

E aqui também vai a dica do Documentário "O Dilema das Redes", este fala sobre nossa responsabilidade enquanto *usuários* da tecnologia digital.


O texto, dessa vez, parece áspero, mas tem apenas a intenção de mostrar que todos somos veículos de comunicação. Que saibamos fazer dessa potencialidade, um excelente talento e que seja aliado à comunicação social.


Até a próxima, amigos!!!


Curiosidade!

A  origem do dia da mentira remonta ao século XVI, na França. 

Na época, a chegada do Ano Novo era comemorada durante uma semana, do dia 25 de março ao dia 1º de abril.

Mas por ocasião da troca de calendário ordenada pelo rei Carlos IX, passou a ser celebrado no dia 1º de janeiro.


Mas será isso mentira ou verdade? 

Hehehe.

Agradecemos a leitura de todos vocês!!!


Por Diego Amaro de Almeida e Lílian de Paula Santos





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