Ao invés de Meio Ambiente, Total Ambiente
Soube há algum tempo que meio ambiente é tudo. É, inclusive, ouvir a opinião de pessoas amadas sobre o que pensam a respeito do meio ambiente. Hoje, ouço uma família linda que conheci em Taubaté. Os levo comigo (Diogo e Lúcia). Hoje abro espaço para a opinião de Diogo Vinhas. Já adianto! Aprendi muito com a crônica abaixo. Grata de verdade pelo ensinamento.
O QUE É MEIO AMBIENTE PARA VOCÊ?
Já vou avisando: falou em Meio Ambiente, sou contra! E antes que você me condene por estar na contramão da modernidade, deixe-me explicar: na minha opinião, em se tratando de Meio Ambiente, a denominação já começa errada. Nada de “meio”. Com relação ao ambiente, tem que ser pleno, total, completo, amplo, irrestrito. Repito, nada de meio. Floresta meio devastada, rio meio poluído, ar meio contaminado, chuva meio ácida, alimentos meio saudáveis não estão com nada. Nada de “meio”: as florestas devem estar plenamente preservadas, os rios totalmente límpidos, o ar sem nenhum poluente e alimentos imaculadamente sadios. Sem restrições, sem meio termo.
Muito embora alguns acharem que o ideal é o meio termo e outros decidirem pelos extremos, temos o “meio a meio” dominante em vários setores. Quem já não pediu uma pizza “meia calabresa, meia muzzarela”? Se formos tomar banho, a água tem que estar morna. Nosso colchão ou nosso sofá não pode ser nem muito macio, nem muito duro. O clima tem que estar temperado - nem frio, nem quente.
Vemos, pois, que nossa vida está sempre em meio a alguma coisa. Na vida somos meio ricos, meio pobres. O dia está meio quente, meio frio. Quanto às nossas decisões, ficamos meio na dúvida, meio na certeza. Enfim, estar ou não estar no meio é sempre uma questão a resolver. Aliás, questão meio difícil (ou seria meio fácil?). Extremos, embora necessário em algumas circunstâncias, nos deixam meio que mal colocados.
Devemos sim, preservar o “Total Ambiente”. Transformar nosso mundo em um planeta plenamente habitável. Cuidar, com zelo pleno e total, para que tudo se resolva satisfatoriamente. Sem meias desculpas, sem meias soluções, sem meias vontade, sem meias palavras.
Num Brasil de hoje, com tantos políticos e governantes meio honestos (hahaha), com tanto profissionais meio experientes, com artistas meio canastrões, religiosos meio descrentes, alunos meio analfabetos, necessário se faz incentivar cabeças plenas de conhecimento e sabedoria, lideranças preocupadas em lutar pelo bem comum, cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
Não sei se esta crônica ficou meio curta ou meio longa. Poderia ter reduzido um pouco ou me estendido mais. Olha só a situação de meio termo novamente. Antes que eu me perca pelos extremos ou me contradiga pelos meios, é melhor encerrar este meu pensamento.
Reforço: não vamos lutar pelo Meio Ambiente. Vamos lutar pelo Total Ambiente. Estou meio certo ou estou meio errado? Você decide. Mereço dez ou mereço zero? Como? Ficamos no meio? Cinco está de bom tamanho então, bem... pelo que escrevi acima, sejamos coerentes: ou dez ou zero. Aguardo sua nota. Até mais (ou menos!)
Diogo Vinhas - Maio/2016
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