Diego Amaro de Almeida
Lilian de Paula Santos
Estamos de volta!!!
A gente começa nosso texto já com uma dúvida.
Muito ainda se discute sobre os conceitos e o previsto nos universos feminino e masculino.
O que já sabemos e temos como fato é que, até aqui, vencemos importantes barreiras e já convivemos compreendendo que “todos” têm o direito de avançar na direção sonhada, desejada e admirada.
Mas há propriedade sobre o masculino e o feminino?
Neste sentido, cabe uma pergunta que fazemos sempre para as crianças: o que você quer ser quando crescer?
De algum modo, sabemos que a carreira é fruto de algo ou alguém que admiramos, e estamos sendo influenciados o tempo todo.
Poderá uma filha querer seguir os passos de um pai, ou um filho seguir os passos de uma mãe? No que diz respeito às profissões, vale destacar a necessidade de se focar no bom trabalho que pode ser realizado, ao invés do gênero que seria ou não capaz da execução. O “ser” macho ou fêmea não é sinônimo de força, muito menos de compreensão. Com isso, não há obstáculos na maioria das profissões.
No caso de instituições centenárias, essa situação também vem mudando, sinônimo de oportunidade para que mulheres também possam executar atividades que, antes, eram tidas como algo restrito ao universo masculino.
Pensar nas possibilidades não é abrir mão das “diferenças” biológicas próprias de cada gênero. Mas é permitido que a união destes opostos possa representar grandes realizações; afinal, eles podem se completar e fortalecer.
Quando pensamos em igualdade, temos que lembrar que a única coisa que nos iguala são as desigualdades, pois cada ser humano é único. E esse também é o “tempero” que nos permite compreender melhor o outro e criar espaços de grande multiplicidade e cooperação.
Nas últimas décadas, as Forças Armadas, antes tidas como um ambiente restrito aos homens, abriram suas portas e receberam as mulheres que desejam servir à nação. São aquelas que sentem disposição diante do dever e querem assumir o papel.
Claro que, no entanto, quando somos primeiros em algo, passamos por todas as tormentas do desbravamento. Os obstáculos já não seriam fáceis, porém existe aquele que supera todos os outros: o obstáculo cultural.
Um jeito de liderar diferente;
Uma força física à sua proporção;
A integração dos gêneros.
A possibilidade de ter homens e mulheres sendo exemplos, que arrastam novas gerações para a carreira e ampliam, de maneira holística, todas as formas de atuar para servir essa nação de proporções continentais, é sensacional!
Não é de tão longe a notícia de que a Força Aérea Brasileira ganhou a sua primeira Brigadeiro. E está ainda para acontecer, mais especificamente amanhã, dia 27/11/21, a conquista do posto de Aspirante a Oficial de 23 cadetes do segmento feminino ,na Academia Militar das Agulhas Negras. Mulheres, meninas, militares, guerreiras, representantes de diversas partes do Brasil. Elas são chamadas de as pioneiras e cortaram o mato para que outras também sonhassem e realizassem o sonho de seguir uma carreira, antes só alcançada por homens, em 210 anos de criação da instituição.
As cadetes da Turma Dona Rosa da Fonseca, juntamente com os aproximadamente 370 cadetes do segmento masculino, carregam consigo a enorme responsabilidade de serem as primeiras na linha combatente, além de uma legião de torcedores, sejam eles identificados e outros tantos anônimos, que sabem que o Brasil só ganha com essa conquista.
Parabéns a todos que sonham, caminham, realizam e continuam a aprender.
Todo dia é só o começo de uma nova missão.