quinta-feira, 2 de julho de 2020

Sonhar é acordar-se para dentro



"Sonhar é acordar-se para dentro.”


 A citação é de Mário Quintana, escritor e poeta brasileiro que deixou um legado de provocações.

 

Quem sabe não seja assim mesmo como ele diz?


Talvez levemos para o momento sagrado de nosso sono as possibilidades que, às vezes, nos são inicialmente negadas ou talvez as tenhamos como inalcançáveis e, desta forma, iniciamos um processo, que nos permite refletir sobre aquilo que desejamos.

O mundo das ideias é repleto de temas que nos provocam e o mundo dos sonhos é um deles. 

Não somos psicólogos ou psicanalistas, médicos do sono ou estudiosos da área, porém entendemos a importância da observação de todos sobre o tema, afinal, é uma oportunidade de ajudar a lançar luzes sobre coisas que, às vezes, escapam aos nossos olhos

Então, gostaríamos aqui de apresentar algumas reflexões sobre esse tema, que nos é tão curioso e que é pauta de muitas de nossas conversas.


Duas coisas são muito boas neste campo, sonhar e falar sobre nossos sonhos. E aqui deixamos algumas provocações e reflexões, com o objetivo   de que compartilhem conosco também suas ideias.

Há muitas formas de olharmos para os sonhos.


Alguns estudiosos acreditam que se trata do nosso inconsciente nos enviando mensagens, outros enxergam como premonição de situações que ainda poderemos viver. Doutrinas espirituais entendem como um momento em que a nossa alma caminha por outros destinos, alguns, ainda, que seria uma forma de limpar conteúdo do nosso cérebro. Segundo a federação espírita Kardecista, o sono e o sonho são fenômenos de emancipação da alma, fato que pode nos dizer que o “espírito” nunca está inativo.


Fato que nos encanta esse mundo, que muitas vezes nos leva mais perto do que mais amamos e do lugar onde queremos estar. 



Os sonhos trazem em suas imagens que estão diretas ou indiretamente ligadas a nós e que temos até certa dificuldade de perceber e compreender, pois estão em nossos sonhos, sensações que nos levam a pensar que realmente estamos vivendo aquele momento. Por se tratar de um espaço de imaginação, é claro que muitas vezes vivemos episódios assustadores que chamamos de pesadelo, talvez seja uma forma de não denegrir a ideia de sonho, que também é usada para os projetos que queremos alcançar em nossa realidade.


A palavra sonho é muito utilizada em propagandas que pretendem nos vender aquilo que desejamos ou que a própria propaganda nos faz querer, a partir de um gatilho atraente de anúncio.


No entanto, essa é a hora de analisarmos e pensarmos, tudo para que a antecipação de um sonho não se transforme no desastre de um pesadelo. 


No passado, os sacerdotes já realizavam a interpretação de sonhos com a intenção de encontrar mensagens do futuro. Há o famoso caso do sonho interpretado por José do Egito, que no sonho do Faraó, viu os sete anos de fartura e os sete anos de anos de fome que seriam precedentes. Segundo o livro de Gênesis, foi o que salvou o Egito.


Na densa e vasta teoria do Psiquiatra Carl Gustav Jung, dentre as muitas formas como ele observa o sonho podemos dizer que, a grosso modo, o sonho é uma forma natural de nosso inconsciente nos trazer mensagens sobre questões conscientes, que precisam ser entendidas e não escondidas de nós mesmos. Quem disse que nossa “sombra” não pode trazer características importantes para a nossa ação cotidiana? Trata-se de um trabalho terapêutico que só pode ser realizado por aqueles que seguem sua linha de pensamento, conhecem a teoria e utilizam seus “métodos”, os quais  podem nos ajudar a compreender de forma integral.


O fato é que o sono e sonhos são saudáveis. Nada melhor que uma boa noite de sono para que tenhamos a nossas energias reestabelecidas, e, assim, possamos caminhar rumo aos nossos sonhos no campo do real. 


Podemos encerrar o texto da semana chamando para esse diálogo a figura da ex-primeira dama dos Estados Unidos da América, Eleanor Roosevelt, que afirmou “O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos”.


 Se sonha com algo, vá até conseguir! Não seja o primeiro a colocar barreiras e a limitar-se. Se as situações dizem não, busque outras formas de alcançar, assuma a responsabilidade e jamais culpe algo ou alguém por não ter alcançado o desejado. Se sonha, acredite! Vá e faça a diferença. Não se prenda a modelos, nem a rótulos. 


Só não deixe de ter a consciência de levar em conta os sonhos dos outros, afinal não devemos ser egoístas. Mas esse é tema para uma outra reflexão.



Diego Amaro de Almeida

Professor | Mestre em História Social


Lilian de Paula Santos

Jornalista | Mestre em Ciências Ambientais

 

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