Por Victor Huggo de Paula, Lilian de Paula e Diego Amaro.
Permita-nos começar este texto com a reflexão de um estudante, pesquisador e curioso jovem, cujo autoria do texto dividimos com ele. No alto de seus 16 anos, ele segue desacreditado dessa humanidade quando o assunto é o cuidado com o meio ambiente.
Ele diz assim: "O ser humano não muda. Ele comete os seus erros no presente e não vive o bastante para ver as consequências. Seria preciso sua vida durar mil anos pra que ele pudesse ver os reflexos de seus atos".
Não é de hoje que vivemos em um planeta em que a ganância/desenvolvimento superou todas as marcas.
Temos assistido de camarote a exploração em todos os níveis.
Mas já ouvimos dizer que o futuro está nas mãos das novas gerações. Será mesmo? Se os jovens estão desesperançosos quanto às relações homem/meio-ambiente, o que podemos fazer?
Dizem também que a palavra incentiva, mas o gesto arrasta multidões.
Se eles presenciam um mundo de alta exploração do meio a todo custo…..é isso o que também poderão, em sua maioria, exalar e agir.
Viver em um sociedade que busca se superar todos os dias é algo que nos motiva, mas sempre devemos olhar com equilíbrio para as coisas! Ao realizar uma nova empreitada, o ser humano tem dificuldades em produzir algumas perguntas, como, por exemplo, se, aquilo que está sendo desenvolvido gera mais danos que benefícios.
Se questionamentos são feitos e a resposta final é sempre sim, não é motivo para estacionar o avanço, mas a possibilidade de voltar ao projeto e repensar ações que não comprometam tão cegamente todas as formas de vida no planeta.
Podemos citar aqui vários ramos, desde o farmacêutico até o da construção civil e, porque não falar da educação, essa que deveria nos preparar e nos dar elementos de formação para que fossemos empáticos holisticamente.
A cegueira moral e a falta de comprometimento são as piores das pandemias que podemos enfrentar. Tais atos matam mais todos os anos, também provocam crises que fogem aos nossos olhos, como o que o mundo vive em 2020. E aqui cabe destacar que não há um culpado para a pandemia, mas sim que ela serve como lição de que, mesmo com as diferenças, conseguimos trabalhar juntos em prol de um objetivo.
Que o humano é um ser ganancioso, não temos dúvidas, porém isso tem levado uma grande parte da nossa espécie a uma vida sem propósito, em que ganhar a todo custo parece ser a única meta! Constrói e destrói a uma velocidade fora do comum e sem perceber o desastre que pode causar para futuras gerações. No mínimo, temos a obrigação de entregar mais do que recebemos. Só assim, o jovem que abre este texto, pode ver no nossos exemplos o significado de união, respeito, sustentabilidade.
Certo que nunca queremos sofrer com o erro alheio, ou seja, se a geração anterior nos deu um planeta explorado, devemos corrigir. Mas aí surge um breve questionamento: quantas vezes nos incomodamos com os nossos erros, a ponto de rever nossas ações?
Algumas notícias estão apresentando situações alarmantes sobre as mudanças drásticas no planeta. Os fatos evidenciam que a ação humana chegou a tal ponto que coloca em risco, inclusive, o comportamento da terra no espaço. Por mais que a ciência já esteja dando alguns vereditos na busca de uma previsão sobre o que pode e o que não pode acontecer, ainda assim trata-se de um futuro incerto.
Será que, até aqui, pensamos ser apenas formigas brincando de passear na superfície de uma gigante bola, sem afetá-la?
Quando em nossa existência poderíamos pensar que o excesso de concreto na China e o exagerado uso de água dos aquíferos em todo mundo, em especial na Índia, poderiam provocar uma mudança no peso da terra e o sua consequente *estabilidade* no espaço?
Quantas outras ações mais estão sendo provocadas pelo homem?
Uma história vale recordar: o famoso inventor Santos Dumont ao ver sua grande inovação sendo utilizada para a Guerra, cometeu suicídio (isso, no caso da deturpação do uso de uma criação).
Claro que o seu feito trouxe muitas coisas boas, mas nunca nos perguntamos como poderíamos evitar os problemas provocados por ela?
Da mesma forma agora. Será que nunca percebemos que o incessante progresso ao redor do mundo traria ainda mais problemas que aqueles relacionados ao aumento do aquecimento global, que já era previsto.
Não levamos em conta os riscos que traremos a nós mesmos e esquecemos que não temos o antídoto para todos os males. Simplesmente fazemos!
A falta de comprometimento com a vida, tem nos causado a morte.
Será que temos olhado como deveríamos para o outro, para o ambiente do qual somos meio, ou simplesmente deixamos de lado aquilo que pode nos tirar da zona de conforto e nos dar algum tipo de "trabalho"?
A primeira pergunta que deveríamos fazer é se estamos entregando aquilo que gostaríamos de receber? Se a resposta for não, devemos repensar nossas atitudes profissionais.
Por fim, seguem algumas reflexões.
Certo que para o meio ambiente não há fronteiras, certos também estamos que cuidar do meio ambiente não se trata de uma ação eletiva, ela é obrigatória. Do local para o global. Trata-se de um imperativo moral, e que o cuidar representa uma nova chance para vidas civilizadas, exploradas, desumanizadas e até selvagens.
Nos veremos no próximo texto.
Comente, ajude-nos com novas ideias de texto!
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