Talvez você não tenha nascido pra seguir o rebanho.
Nem pra marcar os mesmos destinos no mapa que todo mundo.
Talvez o seu caminho peça silêncio, surpresa, autenticidade.
Dessa vez, nosso destino é provisório — e vasto.
Vivemos numa casa sobre rodas, onde o teto é o céu e o chão muda a cada parada.
Na Bósnia, ganhei uma rosa de um morador.
Ele me ofereceu com um sorriso tranquilo, como quem entende que a beleza da vida mora no gesto simples.
E ali, naquele instante, entendi por que viajar nos transforma.
Porque sair do conhecido nos afina com o mundo.
Nos desafia a olhar com outros olhos.
Nos convida a ser menos certeza, mais curiosidade.
Viajar é expandir o peito e esvaziar a bagagem do ego.
É aprender que todo lugar tem algo a ensinar,
e que a estrada é sempre mais generosa com quem chega com humildade.
Mudar a rota é um presente.
Se permitir, um ato de coragem.
E quando a gente volta, não volta igual.
Volta mais leve, mais grato, mais gente.
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