domingo, 21 de junho de 2020

A destruição do patrimônio público não apaga possíveis injustiças históricas



Nos últimos dias temos acompanhado uma série de destruições de símbolos da história, como se esse massacre ao patrimônio fizesse alguma diferença nos possíveis “erros” no cometido por personagens ao longo de nossa trajetória.

Não é decapitando estátuas ou pichando monumentos, é que vamos resolver quaisquer tipos de negligências, pelo contrário, ao cometermos esse atos de vandalismo, na tentativa de apagar “certas” histórias, o depredador abre precedente para que as coisas voltem a acontecer. Apagar é negar que ocorreu, o que só daria força para novas histórias de erros antigos.

Os ícones, os símbolos devem permanecer onde estão. Se causam dor, devemos falar das histórias que envolvem e educar para que nunca mais aconteçam e que olhemos para ela com vergonha, mas com a certeza que certos fatos não irão se repetir. 

Outro ponto que devemos lembrar é que a história é a história dos seres humanos no seu tempo, e no seu tempo existia uma outra moral, uma outra forma de ser. E nesse sentido, devemos olhar como aquele que quer aprender, entender e não julgar. Não cabe nem aos historiadores julgar o passado, que dirá aqueles que dela nada entendem.

Se agirmos dessa forma quantos escritores, músicos, políticos, “heróis”... teremos que riscar dos livros de história. Justiça não se faz assim, pelo contrário se conquista estudando e se preparando para compreender cada um dos momentos e das pessoas agindo em seu tempo. E só o seu tempo é que poderiam ter condenado cada um deles.

Volto a dizer a nós só cabe lembrar a história e lutar para que as injustiças não aconteçam mais.


Por Diego Amaro e Lilian de Paula

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